Na manhã desta quinta-feira (06), professoras e professores da Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC) aprovaram o indicativo de greve da categoria, em assembleia realizada pela ADUSC. Com 78 votos favoráveis, 4 contrários e 2 abstenções, a decisão intensifica a luta do movimento por um plano de recomposição das perdas salariais.
O indicativo de greve é mais um passo da mobilização docente, em resposta à dificuldade de negociação com o Governo da Bahia. A categoria cobra uma proposta de reposição das perdas acumuladas nos últimos nove anos, que, segundo o DIEESE, ultrapassa 34%. O movimento tinha expectativa que o plano fosse apresentado no dia 24 de maio, quando o Fórum das Associações Docentes das Universidades Estaduais da Bahia (FAD) se reuniu com representantes das secretarias de Educação (SEC), de Relações Institucionais (SERIN) e de Administração (SAEB). Entretanto, não houve nenhuma proposta e uma nova reunião sobre o tema foi marcada para 14 de junho.
“Indicativo de greve não significa que estamos em greve. Mas, reflete que a categoria está disposta a discutir, em uma próxima assembleia, a deflagração de uma greve, caso a negociação com o governo mais uma vez não avance. Seguiremos mobilizados e em busca do diálogo”, disse o professor Marcelo Lins, presidente da ADUSC.
Além da campanha salarial, a mobilização docente também reivindica o adicional de insalubridade e a liberação das promoções de carreira.