A crise da Petrobras coloca em segundo plano a tentativa do PT e do governo de impor uma reforma política. O governo não dá sinais de que terá força suficiente para conduzir no Congresso uma negociação delicada que afeta diretamente dois dos principais partidos da base: PMDB e PP.
O PT aposta na mobilização popular. A coordenação petista da “Campanha pela Reforma Política” criou um cronograma de atividades que começa no dia 10 de fevereiro, quando o partido completa 35 anos. O PT terá que concentrar os esforços no apoio a Dilma devido a crise que o governo enfrenta, afirmam analistas. Dificilmente a pauta entrará em campo no primeiro semestre do ano que vem.
— O momento não é favorável ao governo. Isso ficou claro na votação da alteração do cálculo do superavit primário onde a presidente Dilma teve que barganhar para conseguir fechar o ano. Não vejo como o governo conseguirá levar a frente uma proposta que mexe com tantos interesses no Congresso — afirmou o cientista político e pesquisador da UFRJ Sandro Corrêa.