O feitiço caiu contra o feiticeiro
Os seguidos escândalos de corrupção e a falta de transparência na divulgação dos resultados das investigações começam a se refletir de maneira negativa nos cofres da Fifa.
Nas últimas semanas a entidade perdeu dois de seus patrocinadores principais, a Emirates e a Sony. É certo que serão substituídos, mas a dúvida do mercado é se os novos parceiros vão pagar à Fifa valores ao menos iguais aos que estão de saída.
As duas empresas alegam oficialmente reposicionamento estratégico para não renovar os contratos. Mas nos bastidores comenta-se que na realidade elas não querem ter a imagem atrelada a parceiro envolvido com corrupção.
Há décadas que, vira e mexe, a Fifa se vê ligada a casos nebulosos. No entanto, nos últimos anos, mais precisamente a partir do início do processo que culminou com a escolha da Rússia e do Catar para sede das Copas de 2018 e 2022, denúncias sobre compra de votos e oferecimento de vantagens aos cartolas que comandam a entidade se tornaram quase uma rotina.