A Petrobras criou “empresas laranjas” para construírem e operar a rede de gasodutos Gasene, conforme constatação da Agência Nacional de Petróleo (ANP) reproduzida numa auditoria sigilosa do Tribunal de Contas da União (TCU). O trecho do empreendimento que fica na Bahia – e, de acordo com técnicos do tribunal, teve os custos superfaturados em mais de 1.800% – foi inaugurado com pompa em 26 de março de 2010 pelo governo federal. Oito dias depois, a então ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, deixou o governo para se candidatar à Presidência da República. Ela foi à festa de inauguração em Itabuna (BA) com o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o presidente da Petrobras na época, José Sérgio Gabrielli, e a então diretora de Gás e Energia da estatal, Graças Foster, atual presidente da empresa. Auditores do TCU constataram que a ANP autorizou a construção e a operação do gasoduto sem analisar os documentos das empresas e sem avaliar se o projeto era adequado. A agência reguladora pediu uma cópia do contrato de operação e manutenção do trecho entre Cacimbas (ES) e Catu (BA) em 4 de março de 2010, conforme ofício anexado ao processo que tramitou na ANP. Não houve exame do contrato, “repetindo o mero check list promovido na fase de autorização para a construção”, escreveram os auditores. Três semanas depois, Lula e Dilma inauguravam o trecho, hoje em operação.Cerca de 5 mil pessoas compareceram ao parque de exposições. Dilma discursou com referências ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). O Gasene, apesar da operação financeira para configurá-lo como empreendimento privado, foi incluído no PAC e contou com 80% de financiamento pelo BNDES. Uma empresa chinesa, a Sinopec International Petroleum Service Corporation, foi subcontratada sem licitação, por R$ 266,2 milhões, para gerenciar o gasoduto.
Nota do site O Defensor: A inauguração do trecho do gasoduto em Itabuna, na Bahia, teve a participação de autoridades graduadas do governo Lula, e do então Presidente da Bahiagás, Davidson Magalhães, que, por coincidência é cunhado do Prefeito de Ilhéus, campeão de processos na justiça, mas, que inusitadamente sequer um vai a julgamento.
Existem fortes indícios que, por essas e outras que Davidson Magalhães elegeu por duas vezes o Presidente da Câmara de Vereadores de Itabuna (PC do B), e uma vez o Presidente da Câmara de Vereadores de Ilhéus (PC do B) o paciência de Jó. Por último, Davidson deu-se ao luxo de eleger o Vereador Tarcísio da “Paixão” Presidente da Câmara de Ilhéus, defensor árduo do seu cunhado Jabes Ribeiro, aliado do “famoso” Negromonte. Assim fica fácil ganhar eleições. Isto é o Brasil dos, com raríssimas exceções, desinformados e coniventes. Entendemos que, as investigações sobre o caso vertido devem estender-se ao trecho de da “obra” Ilhéus/Itabuna, carro chefe da campanha de Davidson a Deputado Federal, que, não obstante não tenha ganho a eleição, segundo informações, a pedido de Jabes ao Governador já vai assumir. Mais um Deputado de proveta com o dinheiro do povo. Estrategicamente, um é eleito, e é convidado” para ser secretário, o segundo suplente assume.Isto é uma vergonha. O que o brasileiro precisa é ter vergonha na cara. Só isso. O resto fica por conta de Deus.
Matéria do site O Defensor.