As mudanças nas regras eleitorais válidas já na campanha deste ano têm levado candidatos em todo o país a apostar na internet como meio para driblar as restrições e falta de dinheiro, sobretudo no caso dos candidatos a vereador. Ilhéus é um bom exemplo do campo de batalha que se tomaram as redes sociais, sobretudo o Facebook. Tem sido comum receber no smartphone a notificação de que algum deles no Facebook’. O Twitter também está sendo muito explorado.
Novidade ainda maior no meio eletrônico, o WhatsApp (serviço de troca instantânea de mensagens de texto) tem sido também grande aposta entre os candidatos que concorrem às 19 cadeiras do legislativo ilheense. Mas há que se ponderar o conteúdo do material divulgado pelos políticos e por suas respectivas equipes de campanha. Pelo menos é o que avalia o Jorge Almeida, professor de Ciência Política e doutor em Comunicação e Cultura Contemporâneas da Universidade Federal da Bahia (UFBA).
O professor afirma que para ter boa aceitação nas comunidades, os candidatos devem saber exatamente direcionar suas propostas (expressas nos materiais gráficos publicados nas redes e enviados pelo WhatsApp). Apesar da internet ser um campo livre, não é somente pegar as coisas e divulgar de qualquer jeito. Na campanha para vereador, geralmente o candidato foca em bairros e regiões da cidade e em seus círculos sociais, como forma de consolidar a aceitação popular.
O especialista também avalia que, de fato, a tendência é a internet se consolidar gradativamente como meio fundamental de comunicação para campanhas no Brasil, inclusive por causa das limitações impostas pela nova legislação eleitoral vigente, como proibição de doação de dinheiro por empresas.
Em relação a campanha dos candidatos a prefeito, a propaganda no rádio e na televisão ainda tem maior impacto. A internet tem a sua importância no processo eleitoral, mas ela sozinha não é suficiente para determinar o voto. Por isso, que a propaganda no rádio e na TV são fatores culminantes para a escolha do eleitor. O candidato a prefeito tem mais tempo no rádio e na televisão para apresentar as suas propostas e se defender dos ataques dos adversários, e esses dois meios de comunicação ainda são predominantes na sociedade brasileira.