O Sindicato dos Policiais Civis da Bahia (SINDPOC) denuncia que a categoria trabalha com coletes e munições vencidos, armas de fogos com defeitos e algemas insuficientes. Os policiais nomeados em 2016, cerca de 600 servidores, estão trabalhando sem os coletes.
Para o Presidente do SINDPOC, Marcos Maurício, esse quadro de total precariedade e abandono da Polícia Civil constata a incompetência da Secretaria de Segurança Pública e a ruim gestão da pasta por Maurício Teles Barbosa. O sindicalista classifica o Governo de Rui Costa “como o mundo da propaganda. O que é exposto nos meios de comunicação pelo Governo do Estado é uma realidade distorcida”, critica Marcos Maurício. A SSP-BA entrou com uma Ação no Tribunal de Justiça a qual impõe uma multa diária de R$ 50 mil reais, caso o SINDPOC mobilize a categoria para não trabalhar com os aparatos de defesa pessoal vencidos.
“Essa medida judicial retrata como a política do Executivo baiano interfere fortemente no Judiciário do nosso Estado. Essa Liminar fere diretamente os direitos do trabalhador e da vida humana”, frisa Marcos Maurício.
O Vice-Presidente do SINDPOC, Eustácio Lopes, afirma que as delegacias baianas estão com uma quantidade de algemas insuficientes. “Os policiais colocam, todos os dias, a vida deles e dos familiares em risco para proteger a sociedade de uma criminalidade que só faz aumentar. As organizações criminosas estão com armas modernas e os policiais com armas ultrapassadas e com defeitos. Não temos algemas suficientes e adequadas nas nossas delegacias. Muitas vezes, os próprios servidores precisam comprar as algemas”, enfatiza Lopes.