A equipe da Polícia Federal (PF) encarregada das investigações relativas à Operação Faroeste na Bahia interceptou, com autorização do Superior Tribunal de Justiça (STJ), 105 telefones fixos e celulares de 18 suspeitos de participar do suposto esquema de grilagem e venda de sentenças no Tribunal de Justiça da Bahia (TJBA).
Da relação, o advogado Márcio Duarte Miranda, genro da desembargadora afastada Maria do Socorro Barreto Santiago, teve a maior quantidade, com 20 números sob escuta da PF. Em seguida, vêm o falso cônsul da Guiné-Bissau, Adailton Maturino, apontado pelo Procuradoria Geral da República (PGR) como mentor do esquema, o juiz Sérgio Humberto Quadros, preso preventivamente pela Faroeste, é o advogado João Carlos Novaes, com 13, 10 e 9 linhas interceptadas, respectivamente.
Tiveram ainda diversos telefones monitorados pelos federais a sobrinha da desembargadora afastada Maria da Graça Osório Pimentel, Karla Janayna Leal, com sete números grampeados, o presidente afastado do TJ, Gesivaldo Britto, e a juíza Marivalda Moutinho, também impedida de exercer as funções por ordem do STJ, ambos com seis.