De acordo com boletim do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) publicado nesta quarta-feira (5), desde o início da pandemia, o sistema carcerário baiano registra 106 casos positivos para a Covid-19 entre os encarcerados e 428 casos entre os servidores do sistema, com quatro mortes na categoria. Já no sistema socioeducativo, o número de infecções contabilizadas entre os adolescentes e jovens privados de liberdade é de 65 e entre os servidores dessas unidades, 175, com registro de duas mortes. Os números, no entanto, estão desatualizados e dão margem à realidade baiana até o dia 27 de julho.
Dos oito boletins já divulgados pelo CNJ, em cinco deles a Bahia não contém dados atualizados. No caso da Bahia, é possível observar ainda uma falta de transparência da divulgação das ações efetivas de biossegurança implementadas para evitar a propagação desenfreada da doença nos 291 estabelecimentos penais espalhados na capital e no interior do estado. A Bahia também não consta na lista de estados com destinação de recursos financeiros para prevenção da Covid-19, mas aparece entre os 21 estados onde ocorreram transferência de verbas pecuniárias do Judiciário para ações preventivas.
A Bahia tem hoje 13.135 pessoas privadas de liberdade, entre homens e mulheres. A suspensão das visitas sociais por conta da pandemia foi determinada pelo governo estadual desde em 19 de março e prorrogadas desde então. A medida vale para os sistemas prisional e socioeducativo.