Seis dos oito presos sob acusação de envolvimento com a rede de grilagem e venda de sentenças desmontada pela Faroeste vão passar na cadeia o Natal e o Réveillon. Na lista, estão a desembargadora afastada Maria do Socorro Barreto Santiago, ex-presidente do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ), o juiz também afastado Sérgio Humberto Quadros e o falso cônsul da Guiné-Bissau Adailton Maturino, apontado pela Procuradoria-Geral da República como peça central do esquema investigado pela operação. Passar as festas de fim de ano no xadrez é resultado do chamado Pacote Anticrime, elaborado pelo então ministro da Justiça, Sergio Moro, e aprovado pelo Congresso em 2019.
De acordo com a nova lei, uma vez decretada a preventiva, a corte judicial responsável pela ordem é obrigada a revisar a permanência do detento a cada 90 dias, sob pena de tornar a prisão ilegal. Como a última revisão pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) foi no último dia 9, a próxima só ocorrerá em 6 de janeiro de 2021.