Preso desde a primeira fase da Faroeste, há cerca de um ano e seis meses, o advogado Marcos Duarte Miranda, genro da desembargadora presa Maria do Socorro Barreto Santiago, tentou ter acesso ao processo em que consta a delação premiada de outra desembargadora, Sandra Inês Moraes Rusciolelli, cujo teor ainda permanece sob sigilo.
Em reclamação apresentada ao Supremo Tribunal Federal (STF), a defesa de Miranda destaca que o Superior Tribunal de Justiça (STJ) proibiu que os advogados do réu pudessem conhecer o conteúdo da decisão em que foi concedida prisão domiciliar para Sandra Inês e solicita à Corte que libere acesso à ação.
O ministro Edson Fachin negou o pedido, com base nos argumentos contrários do Ministério Público Federal (MPF), de que o acordo aguarda homologação pelo STJ e, portanto, continua em segredo judicial. É a primeira vez que a Justiça confirma oficialmente a existência da delação de Sandra Inês, uma das magistradas baianas sob cerco da Faroeste.