O acordo para uma eventual aliança entre MDB e PT na disputa pelo governo estadual, gerou insatisfações da cúpula emedebista com a demora do senador Jaques Wagner, candidato petista ao Palácio de Ondina, em negociar os ajustes finais na costura dos dois partidos. Sobretudo, espaços pleiteados pela legenda no alto escalão do governo Rui Costa. Aliados do principal cacique do MDB baiano, o ex-deputado federal Lúcio Vieira Lima, garantem que a posição demonstrada por ele, antes favorável à união com o PT, mudou bastante nos últimos dias e que já não é possível prever o desfecho da negociação.
Independente da decisão do MDB de continuar no bloco do DEM ou retornar à base do PT, Lúcio Vieira Lima assegurou aos três pré-candidatos a deputado federal mais competitivos da sigla que eles terão liberdade para apoiar quem quiserem. De um lado do trio, está o presidente da Câmara de Vereadores de Salvador, Geraldo Júnior, aliado do candidato do DEM a governador, ACM Neto. Do outro, estão dois apoiadores de Jaques Wagner: o ex-secretário estadual de Saúde Fábio Vilas-Boas e o ex-deputado federal Luiz Argôlo, que integrou a lista de políticos presos pela Lava Jato.