O governador da Bahia, Rui Costa (PT), descartou mais uma vez a possibilidade de deixar o cargo antes do final do seu mandato, em 31 de dezembro de 2022. Uma eventual renúncia de Rui realizaria o sonho do vice-governador João Leão em assumir a cadeira por nove meses, em um mandato tampão. A movimentação seria uma manobra para manter o Progressistas, comandado por Leão no estado, no arco de alianças governista.
Rui, contudo, afirma que “essa hipótese não existe”. A fala do governador ocorreu na manhã desta segunda-feira (14), durante a inauguração do Centro de Hemorragia Digestiva do Hospital Roberto Santos, ao ser questionado pela imprensa sobre a possibilidade de renunciar e sair candidato a deputado federal. Caso isso se concretizasse, o desenho traria Leão como governador e a manutenção do PP na base, e uma chapa com Jerônimo Rodrigues (PT), atual secretário de Educação, como candidato ao governo e o senador Otto Alencar (PSD) candidato à reeleição para o Senado.
A relação entre o Progressistas e o grupo de Rui Costa e Jaques Wagner ficou abalada após a nova reviravolta que aconteceu no início da semana passada, quando Jaques Wagner anunciou que Rui Costa vai cumprir o mandato. A atualização deixou Leão e a cúpula do PP aborrecidos e o vice-governador agora avalia o destino do partido para o pleito de outubro. Ele não descarta uma candidatura própria do PP ou desembarque no grupo de ACM Neto, pré-candidato ao governo da Bahia