Fortalecida com o ingresso de dissidentes da base e deputados do PP, a bancada de oposição retomou os planos para tentar emplacar a CPI dos Respiradores na Assembleia Legislativa da Bahia. Na última ofensiva, líderes do bloco esbarraram nas dificuldades de obter as 21 assinaturas exigidas para protocolar o requerimento, cujo objetivo é investigar a eventual participação de autoridades do governo do estado na suspeita compra dos aparelhos destinados a casos grave de covid, em operação tocada pelo Consorcio Nordeste há cerca de dois anos. Como só tinha 17 integrantes, a tropa oposicionista naufragou. Agora, diante da possibilidade de chegar a 28 parlamentares, avalia que a abertura da CPI está mais perto do nunca.
Com o escândalo dos respiradores sob a mira de um inquérito sigiloso que tramita no Superior Tribunal de Justiça, a criação de uma CPI em pleno período eleitoral preocupa o governador Rui Costa. Além do desgaste que enfrenta pela crise na base, o petista seria destinatário de quase todo o ônus decorrente da investigação parlamentar.