A Defensoria Pública da Bahia manifesta solidariedade ao presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, subseção Ilhéus, Jacson Cupertino, e ao advogado Reinaldo Weber, que denunciaram nesta terça-feira, 22, terem sido vítimas de racismo durante abordagem policial pertencentes ao Tático Ostensivo Rodoviário (TOR), próximo ao município de Itapé,
Em entrevista ao site da OAB, os advogados relataram que, ao retornar da cerimônia de posse da diretoria da OAB-Itapetinga, na sexta-feira, 18, foram parados e sofreram uma abordagem policial violenta. Segundo Jacson, ele e o colega teriam sido parados pelos policiais, que ordenaram o desembarque do veículo com as mãos na nuca, de forma que pudessem ver.
“Ao desembarcar do veículo, indaguei aos policiais se não iria verificar nossa documentação antes e estes, aos berros, nos mandaram calar a boca. Estranhei aquela abordagem com 4 fuzis apontados em nossas direções, mas logo percebi que era uma abordagem a dois homens negros”, relata trecho da matéria.
Os advogados tentaram se identificar mas, segundo eles, os policiais diziam que não os olhassem ou falassem algo para não piorar a situação. A violência só terminou quando um dos advogados informou ser filho e irmão de policiais. “O sargento perguntou meu nome e, ao falar, este disse que conhecia meu irmão e meu pai”, diz outro trecho da nota da OAB.
A Defensoria da Bahia reconhece que o racismo é um dos problemas mais graves no Brasil e que sua existência deve ser enfrentada e não exime ninguém de ser responsabilizado. Aos colegas advogados, a Defensoria manifesta solidariedade e reforça a necessidade de investigação do caso para que, tanto o racismo quanto a violência policial, sejam combatidos.
