A indígena Priscila Muniz, da etnia pataxó hã hã hãe, foi agredida por policiais militares, enquanto participava de uma festa com o marido não indígena, na cidade de Pau Brasil. O caso aconteceu da madrugada entre a última segunda e terça-feira.
Nas imagens que ganharam ampla repercussão nas redes sociais e nos veículos de comunicação de todo o estado, mostram os PMs agredindo o casal com cacetes em várias partes do corpo.
Nesta quarta-feira (20) as vítimas registraram boletim de ocorrência na delegacia de Itabuna e, em seguida, foram submetidos a exame de corpo de delito, no departamento de polícia técnica.
Representantes do grupo indígena se manifestaram por meio de nota pedindo justiça e punição dos envolvidos.
“Enquanto todos se divertiam no Micareta da cidade, a nossa parente Priscila Muniz era covardemente apunhalada pela polícia com seu abuso de autoridade, impossibilitando qualquer tentativa de diálogo e o direito de ir e vir.
O show ocorreu nas Vésperas do Dia dos Povos Indígenas, uma data marcada pela resistência dos povos indígenas e luta pelos nossos direitos. E Essa ação truculenta da polícia só comprova o quanto esse estado é genocida e se utiliza do seu poder para acabar e intimidar nosso povo.
O que me revolta e me traz um sentimento enorme de indignação é saber que foi com uma parente nossa, uma mulher, uma mãe.
Ver o rosto de Priscila pingando sangue dessa forma é revoltante demais.
Até quando o nosso sangue vai continuar sendo derramado dessa forma?
Exigimos respeito e, sobretudo, que esse caso não caia no esquecimento”.
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