Fábio Roberto Notícias // Ilhéus . Bahia

Violência contra a mulher: apenas três cidades baianas têm casas de acolhimento

Violência não!

As vítimas de violência doméstica têm pouca assistência na Bahia. As mulheres, a maioria negras, que sofrem agressões físicas ou psicológicas, de atuais ou de ex-companheiros, e que precisam de abrigo só encontram casas de acolhimento em Salvador, Feira de Santana e Itacaré.

O número reflete um auxílio ainda menor do que o pouco oferecido no Brasil, onde apenas 134, de 5.570 cidades, dispõem de casas de acolhimento às agredidas, de acordo com levantamento do IBGE.

O estudo cita ainda 15 cidades baianas somente com Delegacias Especializadas em Atendimento às Mulheres (Deams), o número difere do informado pela própria Secretaria de Segurança Pública (SSP-BA): 15 delegacias especializadas em 14 municípios, e não em 15, como diz o IBGE.

A pesquisadora do Núcleo de Estudos Interdisciplinares sobre a Mulher (Neim) e coordenadora do Observatório da Lei Maria da Penha do núcleo, Márcia Tavares, diz que, embora haja uma necessidade de ampliação dos serviços especializados, não é um número razoável.

“O fato de não haver, na maioria dos interiores, o atendimento especializado em violência de gênero faz com que as vítimas sejam atendidas por policiais despreparados, que chegam a orientar que não denunciem”, argumenta Márcia, reforçando a fragilidade do atendimento ofertado às violentadas.


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