O governador Rui Costa (PT) voltou à cena nacional, agora com escândalo dos respiradores, no qual ele é apontado como um dos principais responsáveis pela fraude que custou quase R$ 50 milhões aos cofres públicos. Após comprar um apartamento de alto luxo no bairro da Graça por valor muito abaixo do mercado, Rui tem agora sua participação no esquema exposta em reportagem de dez páginas da revista Veja.
Na matéria, a dona da empresa Hempcare, Cristiana Prestes Taddeo, conta que transferiu R$ 3 milhões para um intermediário que se dizia amigo de Rui, o “consultor” Cleber Isaac, que afirmou à revista conhecer o governador “há uns dez anos”. O petista e seu ex-secretário da Casa Civil Bruno Dauster foram indiciados pela CPI que investigou o caso conduzida pela Assembleia do Rio Grande do Norte, um dos estados lesados pela fraude.
A matéria da Veja diz ainda que os investigadores encontraram indícios que apontam conivência do Consórcio Nordeste, que na época era presidido por Rui, com a fraude milionária. A nota de liquidação de empenho, que equivale a uma nota fiscal para a compra dos respiradores, confirma o pagamento dos R$ 48 milhões à Hempcare e diz que os equipamentos, que nem sequer haviam sido comprados, já tinham sido entregues aos governadores do Nordeste e “aceitos em perfeitas condições”.
A reportagem cita também que o dinheiro foi liberado sem que houvesse um contrato formal entre as partes. Só para lembrar: a Hempcare é empresa especializada em produtos de maconha e foi contratada pelo consórcio para a compra de respiradores. Detalhe: em depoimento, Rui disse que não sabe falar inglês, não se tocou que “hemp” é maconha e acabou fechando o negócio.