O Site Fábio Roberto Notícias sempre pautado em conduzir o jornalismo sério, democrático e sem embaraços, entrevistou com exclusividade Jailson José de Jesus, autor do homicídio, ocorrido no último sábado, 19, na zona sul de Ilhéus, motivado por briga entre os dois vizinhos. Vale ressaltar que na época, o Site publicou na íntegra a versão do Autor, onde o mesmo narrou com riqueza de detalhes, a motivação do crime.
Entretanto, na manhã desta terça-feira (22) a senhora Ailyn Marcela Magalhães de Almeida, irmã de Arivan Magalhães de Almeida, entrou em contato com a redação do Site Fábio Roberto Notícias, por meio do aplicativo Whatsapp, solicitando espaço para Direito de Resposta, o que foi prontamente concedido, em fiel cumprimento ao estado democrático de direito e o devido processo legal.
Leia o Direito de Resposta da irmã de Arivan, clicando no leia mais.
“Não justifico nenhum ato de violência, porque para mim é injustificável. Não venho através desta santificar o meu irmão. Venho apenas para esclarecer parte da versão deturpada do autor do homicídio Jailson José de Jesus, que no mesmo dia cometeu dois atos COVARDES contra meu irmão, pois a facada foi pelas costas e “história” contada não condiz com o acontecimento.
Nas informações em que ele passou para o jornalista Fábio Roberto, disse que a confusão começou a noite varou pela madrugada, motivada por intenso barulho, regado a cachaça e uso de entorpecentes. É MENTIRA!
Várias pessoas viram meu irmão num bar próximo à casa de nossa mãe no bairro Hernani-Sá, até umas 04 horas da manhã. Vizinhos disseram que a rua estava em silêncio, até o momento que ouviram os gritos, que já era de manhã. Logo é impossível que seja verdade a versão dada pelo assassino.
Desde que Arivan se mudou para essa casa, que o autor do crime implica com ele e a esposa. Dentre as várias situações, chegou a dizer desaforos a minha mãe quando estava lavando a casa para a chegada da mudança, chegou a colocar um monte de lixo na porta da vítima, invadir o quintal para pegar um condicionador que pertencia a casa que contemplava o quintal, desrespeitou e até perseguiu a esposa dele com frases que insinuavam a intimidade do casal (esse fato nem chegou ao conhecimento de Arivan).
O que motivou a ida do meu irmão até a porta de seu assassino já foi passado para polícia que está investigando. Os vídeos disponibilizados nas redes mostram parte da ação, mas não mostram os motivos que causaram aquela reação.
Não acredito que existam motivos justificáveis para a violência de nenhum dos lados. Sabemos que uma ligação e espera pela polícia poderia ter evitado tudo isso.
O idoso que deturpou toda a história, tem queixas registradas por outros vizinhos, tem uma péssima relação com a vizinhança, segundo nos informaram, até insinuar ameaças a vizinhos por causa do tipo de música que ouvia, já foi realizada.
Nossas famílias e amigos estão sofrendo muito com a perda irreparável, não aceitamos e não vamos permitir que queiram colocar como marginal a vítima de um criminoso.
Arivan tinha como símbolo a alegria e sua grande marca era o sorriso. Ele tinha o poder de tirar sorrisos até nos momentos mais dolorosos. Trazia consigo vestígios de uma criança que brincava de viver, e vivia para VIVER.
Ele dizia “ Eu quero ser feliz, viver enquanto posso. Não sei quando será meu último dia”, hoje eu entendo o porquê de tanta sagacidade pela vida.
Ele era um bom filho, excelente pai, um irmão, neto, sobrinho, primo, tio, amigo, marido, colega, vizinho, profissional, GENTE QUE AMAVA GENTE E CACHORROS, era uma pessoa que estava sempre presente em nossas vidas, ainda que estivéssemos distantes.
Sei que nada vai trazer a vida dele de volta, a dor é imensurável e irreparável!
Nunca mais presenciaremos momentos regados de resenhas e gargalhadas vindas dele.
Eu nunca mais vou poder abraça-lo, sentir seu cheiro, perturbar ele e ser perturbada por ele. Eu nunca mais vou ouvir “Ailynda você é o amor da minha vida, eu te amo grandão, eu não sei o que seria da minha vida se eu não tivesse você” e eu retribuir dizendo, “meu Dhuby eu amo você mais do que a minha própria vida, não sei se eu consigo viver se um dia te perder”.
No sábado, eu morri pela metade e tive que nascer inteira. QUE DOR!
Peço que se coloquem no meu lugar, no lugar da minha mãe, das minhas sobrinhas e sobrinhos, dos meus irmãos e irmãs, das minhas avós, dos meus tios e tias, primos e primas, do cara que o adotou como filho, das pessoas que o tinham como grande amigo, Porto Seguro, Ponto de Equilíbrio, Ponto de Luz e Amor.
VÊ A NOTÍCIA DETURPADA NAS MÍDIAS SOCIAIS, NOS FERE.
Sinto muito pelos nossos, inclusive pelos do autor. Porque entendo que nessa tragédia, todos nós perdemos.
Sem mais, coloco-me à disposição!
Ailyn Marcela Magalhães de Almeida