Inconformado com a decisão dos desembargadores do TRF-1 – que confirmaram a condenação em primeiro grau por fraude em licitação – o que tornou o ex-prefeito de Ibicaraí, Lenildo Santana, inelegível, o petista recorreu, no dia 21 de outubro de 2022 ao Superior tribunal de Justiça, com a intenção de ver o acórdão desfavorável derrubado, através do AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL Nº 2.236.227 – BA (2022/0340459-0).
Entretanto, Lenildo, mais uma vez, sofreu derrota na Justiça. É que a atual presidente do STJ, Maria Thereza de Assis Moura decidiu em 09 de novembro (veja aqui), que o ex-prefeito não tem razão para recorrer, confirmando, assim, a condenação: “Ressalte-se que, em atenção ao princípio da dialeticidade recursal, a impugnação deve ser realizada de forma efetiva, concreta e pormenorizada, não sendo suficientes alegações genéricas ou relativas ao mérito da controvérsia, sob pena de incidência, por analogia, da Súmula n. 182 do STJ.
Ante o exposto, com base no art. 21-E, inciso V, c/c o art. 253, parágrafo único, inciso I, ambos do Regimento Interno do Superior Tribunal de Justiça, não conheço do agravo em recurso especial”.
PT Órfão em Ibicaraí
Lenildo Santana sempre foi o tipo de líder político que teimou em não fazer sucessores. Para isso esmagou os demais políticos do Diretório Municipal do Partido dos Trabalhadores, a exemplo de: Allain Santos (ex-vereador e ex-vice prefeito), Valter Moreira (ex-presidente da Câmara, que foi lançado candidato a prefeito e abandonado, ficando em terceiro lugar no ano de 2016), Alam Damasceno (vereador no segundo mandato, mas não pelo PT novamente, que foi traído na eleição para Presidente da Câmara), Osaná Crisóstomo (ex-vereador que nem conseguiu se reeleger) e Gilvá (ex-vereador que amargou a perda da reeleição com menos de 20 votos).
Nesse histórico de ofuscação de lideranças, o líder do PT de Ibicaraí – agora com a inelegibilidade confirmada pelo Tribunal Superior – afundou não somente a si mesmo, como aos demais companheiros e ao partido em Ibicaraí.
Sem lideranças fortes e que podem disputar a próxima eleição para prefeito, a orfandade do PT – ainda que tenha Lula e Jerônimo no Executivo Federal e Estadual – abre brecha para crescimento de novos grupos políticos na cidade.