Mulheres vítimas de violência doméstica, familiar ou por qualquer outro meio, atendidas na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher de Ilhéus (DEAM), reclamam da demora para ser ouvida pela delegada e, posteriormente, remeter o inquérito policial para análise do judiciário.
Informações colhidas pela reportagem do Site Fábio Roberto Notícias apontam que existem casos em que a ofendida precisa aguardar até 03 meses para uma simples audiência com a autoridade policial, enquanto isso, a vítima fica a mercê, obrigada a conviver no mesmo espaço com o agressor, sob forte coação psicológica e correndo risco de novamente cair nas garras do agressor.
Outra reclamação das mulheres que procura a DEAM está relacionada ao atendimento, que segundo elas, se sentem desconfortáveis, com o primeiro contato feito por homem, quando deveria ser realizado por policiais mulheres, de modo a aprimorar o atendimento às vítimas, conforme determina a Lei nº 14.541, sancionada pelo presidente Lula e publicada no dia 04 de abril de 2023, no Diário Oficial da União.
Além do lapso temporal para iniciar o procedimento do inquérito policial, as mulheres também reclamam da lentidão na concessão de Medida Protetiva de Urgência, que de acordo com alteração da Lei, as medidas protetivas de urgência serão concedidas independentemente da tipificação penal da violência, do ajuizamento de ação penal ou cível, da existência de inquérito policial ou do registro de boletim de ocorrência.