A cidade de Ilhéus, Bahia, enfrenta uma grave onda de femicídios, com três casos já registrados no início deste ano, manchando as ruas com o sangue de mulheres inocentes. Sob o lema “Oxente, deixa Ela!”, um grito ressoa em toda a comunidade, convocando a todos para a ação.
Esses crimes chocantes resultaram na perda irreparável de vidas e no desmoronamento de famílias, destacando a persistente questão da violência doméstica na cidade. Em resposta a essa tragédia, coletivos da sociedade civil, ativistas, sindicatos e cidadãos unem-se para a “1ª Caminhada Contra o Feminicídio e o Combate Violência contra as Mulheres”, agendada para esta sexta-feira, 1º de março de 2024, às 8h.
A caminhada começará na Praça Cairu, passando pela Rua Tiradentes até a Praça Castro Alves (Praça da Irene) e terminando na Praça Pedro Matos (Praça do Teatro). Neste último local, haverá uma concentração com discursos e a assinatura de um manifesto contra a onda de violência e femicídio que assola a cidade.
A iniciativa visa sensibilizar a sociedade para a urgência de combater o feminicídio e a violência crescente contra as mulheres em Ilhéus. A caminhada é especialmente simbólica, ocorrendo em antecipação ao “08 de Março – Dia Internacional da Mulher” e ao Projeto Março Mulher, marcando o início de ações para afirmar as lutas sociais, políticas e econômicas das mulheres. Os coletivos sociais e grupos pretos de Ilhéus estão promovendo diversas ações nos eixos da inclusão social e prevenção da violência de gênero, incluindo caminhadas, manifestos, rodas de diálogo e campanhas de sensibilização.
“Oxente, deixa Ela!” é um chamado para a comunidade se unir contra essa epidemia de femicídios. A Organização das Nações Unidas (ONU) classifica o Brasil como o quinto país do mundo em taxas de feminicídio. De outubro de 2023 a fevereiro de 2024, mais de 10 femicídios ocorreram em Ilhéus, demandando uma resposta urgente dos órgãos de segurança e políticas públicas eficazes.
Este é um grito de BASTA e Exigimos ações concretas e políticas públicas de proteção à vida. Convocamos os órgãos de segurança, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), o Ministério Público (MP), a Polícia Militar (PM), a Polícia Civil (PC), a Associação dos Legisladores (ALEG) e o Executivo a prestarem contas e informarem quais medidas estão sendo tomadas para acabar com esses crimes que assombram nossa cidade.