No cenário político de Ilhéus, as previsões têm um sabor peculiarmente irônico. Durante o programa “Frequência Política” em 2022, o deputado estadual Rosemberg Pinto, com a certeza dos que veem o futuro em uma bola de cristal, afirmou que Soane Galvão, apesar de um “excelente nome”, não seria eleita, deixando o palco para Fabíola Mansur e Ângelo Almeida do PSB. A ironia do destino? Soane Galvão emergiu como a deputada estadual mais votada do partido.
Essa não foi a primeira vez que as previsões de Pinto pareceram mais ficção do que política. Em eleições anteriores, a afirmação do PT de Ilhéus de que Mário Alexandre não conseguiria se eleger, e muito menos se reeleger, também falhou espetacularmente. Contrariando todas as expectativas, o grupo de Mário Alexandre saiu vitorioso, desafiando as projeções e, aparentemente, a lógica política.
O líder político baiano costuma dizer: “Eles ganham nas pesquisas e nas projeções, nós ganhamos nas urnas”. Em Ilhéus, parece que a previsão é uma arte tão precisa quanto a meteorologia local: frequentemente equivocada, mas sempre esperada. Que continue assim, para o bem ou para o mal da política local.