Apontado como o “cabeça” de uma organização criminosa especializada em vazar e atrapalhar ações policiais, o capitão da Polícia Militar da Bahia (PMBA) Fabrício Carlos Santiago dos Santos (foto em destaque) tinha uma forma peculiar de pedir propina a empresários, políticos e potenciais clientes. No lugar das palavras “dinheiro” e “grana”, o militar solicitava um “Toddy” em troca de favores.
No decorrer da apuração do caso, os investigadores ouviram o oficial usar o nome da bebida achocolatada diversas vezes. Acusado de vazar informações e atrapar operações policiais, o grupo criminoso agia em Santa Cruz Cabrália, Porto Seguro e outros municípios baianos da região.
Apontado como líder da organização criminosa, o PM foi preso de forma preventiva nessa quarta-feira (24/7), durante a Operação Sordidae Manus. Além disso, o oficial foi exonerado do comando da 4ª Companhia de Polícia Militar de Santa Cruz Cabrália.
Presa preventivamente, a companheira do capitão, Fabiane Evangelista dos Santos, era a responsável pela rede de cobrança de propinas, fazendo a gerência de todo o esquema criminoso.
Segundo os investigadores, o PM teria recebido valores indevidos de empresários, comerciantes, pessoas com litígios de terras, para deixar de praticar seu dever policial, favorecendo o núcleo criminoso.