Desde o governador anterior, Rui Costa (PT), o governo da Bahia usa em sua propaganda uma “ampliação da malha aérea baiana” que simplesmente não existe. Ao contrário, ela vem encolhendo a cada ano, com perda de voos principalmente dentro do estado, gerando problemas incontornáveis para os passageiros.
Um exemplo marcante é o de Ilhéus. O Aeroporto Jorge Amado já teve seis ligações com Salvador por dia, com três idas e três vindas, operadas pela Gol, Latam e Azul. Hoje o sul da Bahia é humilhado pelas empresas aéreas e amplamente prejudicado pela omissão do atual governante Jeronimo Souza (PT).
A Latam não oferece nenhum voo direto para a capital. A única opção dela é uma viagem entre 5h25 e 7 horas de duração, a um preço absurdo, R$ 3.542. Pela rota mais “rápida” daria para ir de carro gastando cerca de R$ 300 em combustível. A mais longa é igual a ir à Salvador de ônibus, por cerca de R$ 250.
A Gol só tem voo de Ilhéus para Salvador com 6 horas de duração, por R$ 1.581. As outras opções beiram o ridículo, com uma durando 11h, saindo do sul da Bahia às 17h e só chegando a Salvador no dia segunte, às 5h. É uma viagem 4 horas mais longa do que viajar de ônibus para a capital.
A Azul é a única empresa que ainda tem voos diretos, mas eles estão restritos ao domingo, com dois horários custando pouco mais de mil reais, e à quinta-feira, com apenas uma opção, saindo às 15h40 por R$ 1.543. Nos outros dias, só voos entre 4h30 e inacreditáveis 14h40, por R$ 3.703. Da capital para Ilhéus são opções iguais.
Na clara tentativa de impor a sua pré-candidata de paraquedas em Ilhéus, o governo do estado trata a população do sul e do baixo sul com descaso e sem qualquer interesse no crescimento da região.
Texto de Marcel Leal, A Região.