A Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia (Coelba) está sendo alvo de críticas após a realização de uma obra controversa na Ponte Lomanto Júnior, estrutura essencial para a mobilidade urbana da cidade. Além de fechar as canaletas de drenagem, comprometendo o escoamento de água, a intervenção utilizou tubos de PVC destinados a esgoto para a passagem de fiação elétrica, contrariando normas técnicas fundamentais e os próprios regulamentos internos da empresa. Para piorar, a obra resultou em um estreitamento significativo da ponte, agravando o problema de trânsito no local.
A utilização de tubos de PVC para esgoto, inadequados para instalações elétricas, desrespeita diretamente o normativo NOR-DISTRIBU-ENGE-0021 da Coelba, que exige eletrodutos de PVC rígido reforçado (classe A) ou de aço galvanizado, certificados para condução de cabos elétricos. Além disso, a norma nacional NBR 5410, que regula as instalações elétricas de baixa tensão, proíbe o uso de materiais que não garantam isolamento elétrico adequado e resistência a condições adversas, como umidade e danos mecânicos.
Impactos da obra.
As consequência da intervenção são diversas:
• O fechamento das canaletas de drenagem aumenta o risco de alagamentos, especialmente em períodos de chuva, colocando a estrutura da ponte e a segurança dos motoristas e pedestres em risco.
• O uso inadequado de tubos de PVC para esgoto compromete a proteção dos cabos elétricos contra umidade e superaquecimento, aumentando o risco de curtos-circuitos e incêndios.
• O estreitamento da ponte prejudica ainda mais o tráfego, em um local que já enfrentava problemas de congestionamento, causando transtornos diários para os moradores e turistas que transitam pela região.