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PMB afunda em fraudes! Terceira condenação coloca futuro do partido e mandato de vereador em risco

O Partido da Mulher Brasileira (PMB) enfrenta sua terceira condenação consecutiva por fraude à cota de gênero, agravando ainda mais sua situação na política local. A nova decisão, proferida pelo juiz Gustavo Henrique Almeida Lyra, confirmou a utilização de candidaturas fraudulentas nas eleições de 2024, anulou os votos da legenda e deixou o único vereador eleito pelo partido à beira da perda do mandato.

O autor da ação é o diretor do Presídio Ariston Cardoso, Paulo Gercino, cuja denúncia revelou um esquema de manipulação que afronta diretamente a legislação eleitoral.

A fraude no PMB

A investigação apontou que o partido usou candidaturas fictícias para simular o cumprimento da cota mínima de 30% de mulheres exigida na composição das chapas proporcionais. Entre as irregularidades confirmadas estão:

– Fabiana da Silva Nascimento: Obteve apenas 2 votos, sem apresentar campanha própria efetiva. Imagens mostraram que ela promovia outro candidato durante o pleito, utilizando adesivos de terceiros em vez de seu número oficial registrado no TSE.

– Mariângela Conceição Santos: Não estava filiada ao partido e sua candidatura foi indeferida. Os atos de campanha apresentados na defesa não foram consistentes para demonstrar intenção real de disputar votos.

Além da votação inexpressiva, ambas apresentaram movimentações financeiras padronizadas e não comprovaram autonomia nas campanhas, reforçando as evidências de que suas candidaturas foram criadas apenas para burlar a legislação eleitoral.

Impacto no vereador do PMB

Com a cassação do Demonstrativo de Regularidade de Atos Partidários (DRAP) e a nulidade dos votos atribuídos à legenda, o único vereador eleito pelo PMB em Ilhéus deverá perder seu mandato após o recalculo do quociente eleitoral. Essa mudança pode redesenhar o cenário político da cidade, beneficiando partidos que participaram do pleito de forma legítima.

Terceira condenação: um esquema recorrente

Essa é a terceira decisão consecutiva contra o PMB por fraude à cota de gênero, revelando um esquema estruturado de manipulação para cumprir formalmente as exigências legais sem promover a representatividade feminina. O partido, que simboliza a inclusão das mulheres na política, agora enfrenta uma grave crise de credibilidade.

Paulo Gercino: o responsável pela ação

A denúncia foi feita por Paulo Gercino, que atua como diretor do Presídio Ariston Cardoso.

Consequências

Segundo a decisão do juiz Gustavo Lyra, o PMB enfrentará:

1. Cassação do DRAP e anulação dos votos atribuídos ao partido.

2. Inelegibilidade por 8 anos das candidatas investigadas.

3. Redistribuição do quociente eleitoral.

Uma decisão liminar do TRE-BA suspendeu, por enquanto, os efeitos práticos da sentença até o trânsito em julgado, mas o embasamento jurídico deixa claro que as irregularidades confirmadas são graves e praticamente irreversíveis.

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