Srº Fábio Roberto Notícias venho, por meio deste, relatar uma situação preocupante ocorrida durante um processo seletivo para o cargo de Assistente Social, realizado recentemente.
Fui entrevistada na cabine 05 conduzida por uma moça de vestido laranja. Desde o início, percebi um total despreparo por parte da entrevistadora. Ao abordar temas importantes como o Sistema Único de Assistência Social (SUAS) e o racismo estrutural, fui tratada com desdém — recebi como resposta um “só”, que minimizou completamente a relevância do assunto. Quando perguntei se ela era assistente social, fui informada de que era, na verdade, advogada, o que explica, em parte, a leitura confusa e insegura do barema. Além disso, sua postura durante toda a entrevista foi desrespeitosa e desmotivadora, incompatível com o mínimo esperado de uma banca avaliadora.
Nesta mesma cabine onde havia três entrevistadores. Presenciei um dos avaliadores, um rapaz, garantindo verbalmente a uma candidata que ela já estava “dentro”, mesmo sem ela ter respondido nenhuma pergunta. Não consegui identificar qual era o cargo em questão, mas a situação foi bastante clara e desconfortável.
Tais atitudes ferem diretamente os princípios básicos de qualquer seleção pública, como transparência, ética e igualdade de condições, e também desrespeitam os princípios do Código de Ética do Assistente Social, que orienta o exercício profissional com base no compromisso social, na equidade e no respeito à dignidade humana.
Peço sua atenção para que esses fatos sejam apurados e, se possível, divulgados, para que outros profissionais não passem por situações semelhantes e para que o processo seja revisto de forma justa.
Desde já, agradeço por seu trabalho e por dar voz a quem busca justiça.