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Servidora revela casos de assédio moral, perseguição e até de racismo na secretaria de saúde de Ilhéus

“Como servidora pública há anos no município de Ilhéus, venho aqui, no Site Fábio Roberto Notícias,  fazer uma denúncia séria. Contudo, por receio de represálias, peço encarecidamente que publique estes fatos, que são verídicos e tiveram início no mês de março, mas infelizmente ainda se perpetuam.

A nova supervisora da Assistência Farmacêutica de Ilhéus, ligada ao prefeito Valderico Jr. tem sistematicamente humilhado servidores, obrigando-os a cumprir jornadas superiores às previstas em seus contratos, sob ameaças constantes de remanejamento. Desde sua chegada, os remanejamentos punitivos se tornaram frequentes, com servidores sendo transferidos para unidades muito distantes de suas residências, numa estratégia clara de dificultar o acesso e forçá-los a abrir mão de suas funções, enquanto apadrinhados da nova gestão são alocados em locais mais privilegiados.

Uma das primeiras atitudes autoritárias dela foi a retirada do horário de almoço da Farmácia Pública, sob a justificativa de que “não havia necessidade”. Para consolidar a imposição, uma placa de grandes dimensões foi instalada em frente à unidade, informando que “não existe horário de almoço na Farmácia Pública”, ferindo diretamente direitos básicos dos trabalhadores. Essa grave irregularidade ocorre com a total conivência da atual secretária de saúde e sanitarista, Sonilda Melo.

Em março, foi realizada uma reunião a portas fechadas com todos os servidores efetivos da Assistência Farmacêutica, sob a condução da secretária de saúde. A reunião foi motivada por denúncias feitas à Ouvidoria sobre maus-tratos e assédio moral. No entanto, o que deveria ser um espaço de escuta se transformou em um ato de intimidação: a manutenção à frente da coordenação da farmácia foi imposta, independentemente das denúncias e do sofrimento dos servidores.

Antes da realização dessa reunião, uma servidora havia, supostamente, sido chamada de “macaca preguiçosa”. Durante a reunião, visivelmente abalada, essa servidora precisou ser retirada da sala, pois não suportou reviver a humilhação, ainda mais diante da evidente blindagem da agressora.

Na ocasião, também foram relatadas práticas recorrentes de assédio moral, racismo e homofobia, sem que qualquer providência tenha sido tomada. Ao contrário, ficou claro que a reunião visava apenas reforçar o poder da coordenadora da farmácia, sob a desculpa de sua “experiência”.

De maneira autoritária e insensível, a secretária Sonilda Melo afirmou que quem estivesse insatisfeito poderia solicitar transferência de setor, utilizando essa estratégia como meio de identificação dos descontentes para futuras represálias. A coordenadora de farmácia, por sua vez, impõe ser chamada de “diretora da Assistência Farmacêutica”, corrigindo grosseiramente quem ousa chamá-la apenas de coordenadora.

Desde a sua chegada, a coordenadora de farmácia vem adotando práticas típicas de gestoras autoritárias:

Tratamento desrespeitoso e humilhações frequentes;

Transferências punitivas como forma de perseguição;

Favorecimento explícito a aliados políticos e pessoais;

Desrespeito às normas técnicas, liberando medicamentos controlados sem prescrição médica e sem identificação adequada;

Coação a servidores e estagiários para que facilitem a entrega irregular de medicamentos a seus conhecidos.

A farmacêutica responsável pela Farmácia Pública, que também foi vítima de assédio e sbuso, acabou, infelizmente, se tornando conivente com tais práticas. Pressionada e vulnerável, a farmacêutica mudou seu comportamento, passando a colaborar com as ordens arbitrárias da coordenadora da farmácia, remanejando funcionários a mando dela e liberando medicamentos em desacordo com os protocolos. Essa situação evidencia o nível de medo e adoecimento moral que se instaurou no serviço.

Todas essas práticas irregulares e abusivas ocorrem com o conhecimento e o aval da secretária de saúde, Sonilda Melo e o próprio prefeito Valderico Jr., que ignora os clamores dos servidores em defesa de interesses políticos e pessoais”.


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