Nós, profissionais de saúde do Hospital Regional Costa do Cacau, atualmente administrado pela IGA, estamos enfrentando um momento extremamente difícil. A sobrecarga de trabalho aumentou significativamente, e estamos sendo obrigados a trabalhar com o mínimo de recursos, enquanto somos ameaçados de remanejamento para outros setores sem a devida compensação financeira.
Atualmente, temos dois gerentes de enfermagem: a gerente geral, Leuza, e o subgerente, João. Leuza frequentemente desrespeita os fluxos de trabalho, nos obrigando a realizar atividades que não são de nossa responsabilidade. Nossa coordenadora é omissa, sem poder de decisão, pois é controlada diretamente por esses gestores.
Quando procuramos o setor de Recursos Humanos (RH) para relatar as situações de assédio e abuso, nos deparamos com o responsável pelo Departamento Pessoal (DP), que é marido do subgerente João. Isso cria um ambiente de conflito de interesses, tornando impossível fazer uma denúncia de maneira segura, pois há grande chance de sofrer represálias. Aqueles que tentam se manifestar são frequentemente remanejados para setores ainda mais sobrecarregados como forma de punição, ou até mesmo demitidos, como já ocorreu com alguns colegas.
Além disso, temos testemunhado uma prática inaceitável de favoritismo no atendimento aos pacientes. Pacientes indicados pela gerente Leuza recebem tratamento diferenciado, enquanto outros são prejudicados. Medicamentos que faltam para a maioria dos pacientes estão sempre disponíveis para os que possuem algum tipo de “indicação”, o que é uma clara violação dos princípios de equidade no atendimento à saúde.
Estamos exaustos e sobrecarregados, sem receber nosso salário no prazo. O pagamento, que deveria ser realizado até o quinto dia útil, tem sido feito apenas no dia 17, quando já estamos próximos ao vencimento do mês seguinte. Quando faltamos ao plantão por falta de transporte, somos penalizados, apesar de essas condições serem fruto de uma gestão negligente.
Não podemos mais aceitar essa situação. Estamos lidando com vidas e precisamos tratar todos os pacientes de maneira igual, de acordo com suas necessidades. Pedimos que as autoridades competentes intervenham urgentemente para que a justiça seja feita e que possamos trabalhar em condições dignas e seguras.