A crise que envolve o Porto Sul poderá inviabilizar o projeto, a partir de empresas multinacionais com a queda do preço da tonelada do ferro, que desabou aliada às dificuldades em relação à licença ambiental do grande projeto, poderá levar à inviabilização do Porto Sul, mas não somente do porto, também da ferrovia Oeste-Leste. Ambas poderão não chegar a lugar algum, justo em consequência dos problemas que envolvem o aguardado projeto.
Na ferrovia e no porto o governador Jaques Wagner empenhou todas as suas fichas e despendeu um enorme esforço para viabilizar a grande obra. Se a crise, somada a desentendimentos dos sócios internacionais – indiano e do Cazaquistão – uma solução imprevisível seria a transferência do porto para a Baía de Todos os Santos, onde já existem os portos de Aratu e o de São Roque do Paraguaçu. Isto levaria a um desvio da ferrovia Oeste-Leste para esta direção, o que significaria um aumento de 130 km na sua extensão, o que não chaga a ser muito.
Poderá, se a situação chegar a dificuldades intransponíveis, ser a única solução para que a ferrovia não se torne fantasma e o Porto Sul não se transforme num mero sonho.
Após o resultado final que decidiu o nome do vereador do salobrinho Tarcísio Paixão (SDD) como o novo presidente da famigerada Câmara de Vereadores de Ilhéus para o biênio 2015-2016, a reportagem do FRN iniciou uma minuciosa investigação para saber o que levou os vereadores petistas, Alisson Mendonça e Dero Farias, votarem em Tarcísio, por ser o sucessor do atual presidente, Jó (PC do B) ambos ligados ao prefeito Jabes Ribeiro.
Conforme informações de uma fonte petista, Alisson Mendonça se encontrou por várias vezes com o grupo jabista em um hotel de luxo de Ilhéus, para traçar detalhes do apoio à Tarcísio e como retribuição, apelou para que Jabes articule junto aos conselheiros do TCM (Tribunal de Contas dos Municípios) o arquivamento do processo que deu origem a rejeição de todas as suas contas devido as supostas irregularidades insanáveis, na época que foi presidiu o legislativo ilheense, passando a ocupar o rol dos políticos “fichas sujas”, e por outros crimes que tramitam no judiciário, como a suspeita do envolvimento na morte trágica de um jovem há quase 05 anos, na ponte do Pontal, quando este tinha acabado de deixar a Cabana Chinaê no seu carro em alta velocidade provocando o desastre.
Por outro lado, o vereador debutante Dero Farias, não aderiu o bloco governista em vão. Jabes prometeu em 2015 arreganhar as portas da prefeitura para os petistas, que inclusive, serão contemplados com cargos em elevados salários. A dupla petista exigiu ainda uma secretaria de porteira fechada, mas o prefeito pediu um período para analisar o pedido, e não descartou a possibilidade de atender o pedido, como forma de enfraquecer a ala oposicionista na Câmara Municipal.
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, deve apresentar ao Supremo Tribunal Federal (STF) a partir de fevereiro – após o recesso do Judiciário, que termina em 31 de janeiro – pedidos de abertura de investigação ou denúncias contra políticos envolvidos em corrupção na Petrobras.
Outros investigados na Operação Lava Jato, que apura desvio de dinheiro na estatal – como ex-diretores da Petrobras, executivos e funcionários de empreiteiras e lobistas – já foram denunciados pelo Ministério Público Federal, tiveram a denúncia aceita pelo juiz federal Sérgio Moro e se tornaram réus de ações penais (veja lista).
Nos casos dos deputados, senadores e ministros que teriam sido mencionados nos depoimentos em delação premiada do doleiro Alberto Youssef – apontado como chefe do esquema – e do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, há necessidade de autorização do Supremo Tribunal Federal. Essas autoridades têm foro privilegiado e só podem ser investigadas ou processadas no STF. À CPI da Petrobras, Paulo Roberto Costa falou em “algumas dezenas” de políticos envolvidos. Informações dosite O Defensor.