O Diário Oficial do Município de Ilhéus desta sexta-feira, 11, publicou a tão esperada lista com as mudanças no governo do prefeito Mário Alexandre (PSD). A medida faz parte do choque de gestão prometido pelo núcleo duro do governo e que estava previsto para ter ocorrido no início desse mês, visto como estratégia de resgatar a imagem da administração perante os ilheenses. 

Oficialmente, o vice-prefeito José Nazal teve o pedido de exoneração atendido à frente da SEPLANDES, como também Emílio Gusmão, da Superintendência de Meio Ambiente, ambos da REDE.

O secretário Alisson Mendonça, responderá duplamente pela Seplandes e Governo; Hermano Fahnnig Ferreira Magno deixa a secretaria de Infraestrutura, Transporte e Trânsito, para comandar a secretaria de Serviços Urbanos, que antes tinha à frente Jorge Cunha. Rubenilton Santos Silva sai do cargo de Superintendente do Fundo de Assistência, Contratos e Orçamento, para comandar a Secretaria de Assistência Social, antes ocupada pela primeira-dama Soane Galvão. 

A minirreforma no governo Marão atingiu outros escalões da administração. Para conferir a lista completa clique aqui. 

Apesar de receber mais de R$ 1 milhão mensal do poder executivo municipal, a Câmara de Vereadores de Ilhéus não disponibiliza, em tempo real na internet, informações detalhadas sobre sua movimentação financeira, no site da instituição.

Apesar da Lei Complementar 131/2009 conhecida como Lei da Transparência determina que todos os órgãos públicos disponibilizem, em tempo real, informações sobre as suas contas. Sob a presidência do vereador Lukas Paiva (PSB), a gestão, não publica no site da instituição, por exemplo, a folha de pagamento de pessoal detalhando, individualmente, salários de vereadores, cargos comissionados, servidores efetivos e temporários, nominalmente.

Informações sobre as contas da câmara são encontradas detalhadamente no site do Tribunal de Contas da Bahia. O cidadão ilheense que acessar o site da Câmara vai ser redirecionado para o link, que eles dizem ser Portal da Transparência, porém com informações limitadas e de difícil acesso da população. 

A Casa deveria identificar por nome ou matrícula os salários pagos a vereadores, assessores e servidores temporários com recursos públicos. Qualquer cidadão que queira saber como e onde foi gasto os recursos, não encontrará os dados no portal da transparência da Câmara de Vereadores.

Durante reuniões realizadas nesta quinta-feira, 10, em Salvador, na secretaria de Turismo da Bahia, e na superintendência regional da Caixa Econômica, o prefeito de Ilhéus, Mário Alexandre, tratou dos detalhes finais para a licitação da obra de requalificação da Vila Gastronômica de Banco da Vitória, um dos atrativos turísticos do município, e posterior autorização para o início da obra, calculada no valor de R$ 1 milhão. Após a aprovação do projeto elaborado pela Caixa Econômica, o prefeito definiu com técnicos da Setur, os próximos passos do projeto.

Na manhã de hoje, o prefeito Mário Alexandre, acompanhado pelo secretário de Administração, Bento Lima, reuniu-se com o chefe de Gabinete da secretaria estadual de Turismo, Benedito Braga, com diretor de convênios, Marcus Diniz, além da presença do advogado Roberto Lobão. O convênio com o governo do Estado tem como interveniente a Superintendência de Infraestrutura e Transportes (SIT), da Secretaria de Infraestrutura. A expectativa é que a ordem de serviço para obra ocorra ainda neste semestre.

O gestor ilheense considerou uma vitória as medidas para licitação da obra. Ele explicou que “o projeto tem como base uma emenda parlamentar da senadora Lídice da Mata, que nossa administração conseguiu resgatar com o apoio do governador da Bahia, Rui Costa, e do secretário de Turismo, José Alves. Discutimos, reelaboramos o projeto e conseguimos agora a aprovação da Caixa para licitação e, em seguida, dar início às obras.”

Tem sido frequente nos últimos dias a presença de ciganos nas galerias da Câmara de Vereadores de Ilhéus. De acordo com informações, o grupo se concentra sempre nos dias de sessão e geralmente deixa o espaço no final das atividades parlamentares. A aparição dos ciganos na Casa de Leis tem deixado o parlamento alvoroçado.  

Não se sabe ao certo se a presença dos ciganos na Câmara tem o caráter de saber como funciona o poder legislativo para indicar seu representante nas eleições de 2020 ou receber (R$) o que negociou com algum vereador. 

Vale ressaltar que em ano de campanha é comum determinadas figuras recorrerem aos ciganos em busca de ajuda financeira.  

O radialista Manuel Felix Kruschewsky Bastos ou simplesmente Néo Bastos, do PSD, poderá está ocupando uma vaga na Câmara de Vereadores de Ilhéus nas próximas semanas. De acordo com informações de um bastidor do governo municipal, Néo deverá ficar no lugar do vereador Jerbson Moraes, que busca articular junto ao prefeito Mário Alexandre, o desejo de assumir a Secretaria de Desenvolvimento Social, atualmente ocupada pela primeira-dama do município, Soane Galvão.

O troca-troca no staff da administração pessedista faz parte do pacote da minirreforma administrativa anunciada para acontecer no início desse mês, mas acabou perdendo força e mudando a estratégia do governo, em decorrência do pedido de exoneração de José Nazal à frente da SEPLANDES, como também do Superintendente de Meio Ambiente, Emílio Gusmão, ambos representantes do partido REDE no município.

O choque na gestão deve alcançar todos os setores do governo e será puxado pelos cargos de primeiro escalão, ou seja, os secretários municipais.

Apesar da pirotecnia  implantada pelos dirigentes da REDE, Nazal e Gusmão, na semana passada, sobre o possível pedido de exoneração da Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Sustentável de Ilhéus, ambos continuam respondendo oficialmente pela pasta. 

Nazal mantém o status de secretário despachando todos os processos que chegam na SEPLANDES, como também cumprindo o cargo de vice-prefeito em uma pequena sala, situada no prédio do centro administrativo, no bairro da Conquista. 

Em relação à Gusmão, nada mudou. O Superintendente do Meio Ambiente continua impondo ordens, deferindo e indeferindo licença ambiental, notificando donos de estabelecimentos comerciais, além de manter a usina asfáltica fechada (sua principal marca no governo Marão) e criando uma série de dificuldades na liberação dos alvarás dos empresários, atuando como verdadeiro opositor ao desenvolvimento da cidade.