A arquiteta francesa Maud Vantours foi uma das primeiras visitantes a chegar, na manhã de hoje, 10 de agosto, à Casa de Cultura de Jorge Amado, no Centro Histórico de Ilhéus. Atraída pela importância da obra do escritor, ela foi conhecer de perto a casa onde Jorge Amado passou a infância e escreveu o seu primeiro romance “O País do Carnaval”, aos 18 anos. As mesmas curiosidades sobre a vida e obra do escritor promoveram o encontro entre a arquiteta francesa e a brasileira Joselita Isabel, professora da Universidade Estadual do Piauí. Em Ilhéus, a passeio, Joselita também escolheu a casa de Jorge Amado para iniciar o seu tour na cidade de “Gabriela.”
Professora de Literatura, Joselita Isabel viajou cinco mil quilômetros para conhecer a história de Jorge e os seus principais cenários de inspiração. E garante: valeu a pena o esforço. Vicente Domiciano, de São José dos Campos, interior de São Paulo, outro visitante de hoje, disse que é uma honra estar na casa de Jorge, a quem definiu como “uma lenda cultural do País só comparável na literatura mundial ao escritor espanhol Miguel de Cervantes”.
“Este legado precisa, cada vez mais, ser valorizado”, disse hoje o prefeito Mário Alexandre, ao lembrar o aniversário de nascimento do escritor. Se vivo estivesse, Jorge Amado completaria hoje 105 anos. Falecido em 2001, o escritor deixou um importante acervo literário, inspirado nas fazendas de cacau, nos coronéis, nas mulheres e homens com quem conviveu ou de quem apenas ouviu falar um dia. “Jorge Amado deu a Ilhéus a identidade reconhecida pelo mundo. Sua obra resgata o cotidiano de Ilhéus e revela a nossa gente que, até hoje, anda nas ruas e constrói a nossa história”, reconheceu Mário Alexandre.