Segundo o Ministério Público da Bahia, o esquema fraudulento, que favoreceu várias empresas, por meio de licitações na Câmara de Ilhéus, começou em 2009 e se estendeu até 2016, quando na época o poder legislativo foi presidido por Josevaldo Viana Machado (Dr. Jó), Jailson Nascimento, Edvaldo Nascimento (Dinho Gás) e Tarcísio Paixão.
O servidor da Câmara Municipal de Ilhéus, Paulo Leal, foi conduzido coercitivamente pela polícia civil, na manhã desta terça-feira, 21, para prestar depoimentos sobre fraude em licitações envolvendo empresas fornecedoras de material de expediente para o Poder Legislativo.
Conforme levantamento do MP, o grupo operava desde 2009 celebrando contratos com o Município de Ilhéus para o fornecimento de bens diversos utilizando as rubricas genéricas de “gêneros alimentícios” e “materiais de expedientes/escritório”. O esquema contava com a participação de agentes públicos do primeiro escalão do governo municipal e, conforme comprovado no período da investigação, as empresas envolvidas receberam mais de R$ 20 milhões decorrentes de contratações com a Prefeitura Municipal de Ilhéus.