Conforme relatório de investigação da Operação Citrus, deflagrada pela 8ª Promotoria de Justiça de Ilhéus, no dia de 21 de março, aponta que o esquema de corrupção na Câmara de Vereadores de Ilhéus começou em 2015, na gestão do ex-presidente e atual vereador Tarcísio Paixão (PP).
Segundo o MP, entre os anos de 2013 e 2014, na gestão do ex-presidente Josevaldo Machado, o empresário Enoch Andrade Silva venceu a primeira licitação no valor de R$ 36 mil e a segunda no valor de R$ 52 mil reais, perfazendo um total de quase R$ 90 mil. Os custos corresponderam às necessidades do poder legislativo, com materiais de consumos e a compra de novos computadores, para os gabinetes e departamentos da Câmara Municipal.
Ainda conforme os investigadores do MP, nos anos de 2015 e 2016 demonstram que, por intermédio da influência do ex-secretário e vereador afastado Jamil Ocké (PP), o esquema fraudulento continuou atuando com rigor, na gestão do ex-presidente da Câmara de Vereadores, Tarcísio Paixão, aliado do ex-prefeito Jabes Ribeiro.
O escárnio com o dinheiro público ganhou proporções na presidência do vereador Tarcísio Paixão, que segundo o Ministério Público, foi criado um núcleo político criminoso com a intenção de surrupiar o erário público.
Entre os anos de 2015 e 2016, o Ministério Público descobriu elevados valores nos contratos com as empresas laranja lideradas por Enoch Andrade. Em dois anos, o vereador Tarcísio Paixão gastou R$ 278.890,47 (duzentos e setenta e oito mil, oitocentos e noventa reais e quarenta e sete centavos), quase R$ 200 mil reais a mais, em comparação ao ex-presidente Josevaldo Machado, que em dois anos, gastou apenas R$ 90 mil reais, para atender as necessidades do Poder Legislativo.
Preso há 15 dias no presidio Ariston Cardoso e com a prisão preventiva decretada pelo Tribunal de Justiça, o empresário Enoch Andrade está disposto fazer delação premiada e falar tudo o que sabe do maior esquema fraudulento que provocou um rombo de R$ 20 milhões aos cofres do Município.