A crise de representação política tem sido entendida pelos estudiosos no assunto, como um fenômeno mundial,colocando à margem de dúvida a legitimidade dos partidos políticos como também dos representantes eleitos, que a cada dia perdem credibilidade com o cidadão entrando em descrédito total por parte da população diante de posturas e ações que não atendem o bem comum.
Diante disso, pode-se confirmar que, tem se difundido cada vez mais a compreensão de que a representação política se encontra diante de uma grave crise, isso pode ser demonstrado por exemplo nas altas taxas de volatilidade eleitoral, além da queda nos índices de participação nas eleições com a finalidade de demonstrar insatisfação do eleitor/contribuinte com o sistema posto chegando a contrariar o cidadão estas velhas formas de fazer politica.
Diante dessa realidade, a classe política e vista com desconfiança pela grande maioria da população, no caso do Brasil por exemplo 6% dos brasileiros não confiam nos seus políticos.A constatação desse dado, faz parte de uma organização GfK Verein que mediu a reputação e credibilidade dos políticos em 27 países.
Nesse dado analisado os Prefeitos, teriam sua classificação mais baixa, com apenas 10% de confiança dos entrevistados.Sendo a corrupção considerada como um dos principais fatores, onde políticos eleitos deixam de realizarem ações em favor da coletividade para pensarem apenas em atender aos interesses pessoais.
Verifica-se que, historicamente no município de Ilhéus, não estar distante dessa realidade, visto a constante mudança do executivo municipal não esta conseguindo realizar de forma eficaz e eficiente ações que contemple melhorias satisfatórias que atendam os reais interesses dos munícipes Ilheenses, é hora de avançar, atender as necessidades da população e abandonar o discurso “esta assim, porque o outro governo deixou”. É preciso a realização de ações direcionadas e planejadas para que o cidadão sinta as práticas do governo.
Quem exerce a representação deve estar sempre a serviço da coletividade do bem comum. No entanto, observa-se ainda um “danadinho vício” de se valer do lugar que se ocupa para adquirir mais prestígio e outras vantagens de cunho pessoais.
Fica evidente que a corrupção política é a mais grave deformação do sistema democrático por ser uma traição vergonhosa aos princípios da moral e da justiça social, pois isso influencia diretamente nas relações entre governantes e governados, tirando com isso, a credibilidade da representação política tão importante na vida em sociedade.Lamentavelmente, esse mal se tornou um vício na sociedade em geral, pois até quem pode agir de forma diferente, pelo simples fato de não ter se envolvido em ações que retirem vantagens indevidas, ainda corre o risco de perder ou ter comprometida, o exercício de sua representação política, ante a dinâmica latente do processo de corrupção.
Estamos a poucos meses de uma nova eleição, é preciso que o POVO de Ilhéus, faça uma reflexão apurada dos seus candidatos para não ficarmos a mercê dos desfrutos pessoais dos nossos “representantes”, precisamos analisar bem os candidatos, pesquisar a vida politica e qual o bem que estes produziram para a sociedade Ilheense e se de fato este candidato será digno de ser votado, pois estes decidirão o futuro da população.Portanto, não vendam seus votos, não troque por empregos temporários, pois enquanto não vencermos a dinâmica de priorizar os interesses pessoais a representação política em Ilhéus, só servirá para aumentar a exclusão social e fomentar o gosto vicioso: o de ocupar cargos públicos para apenas se apropriar do poder, desconsiderando o bem comum.
Urgente se faz, investir em NOVA representação política para podermos inverter os descompassos em curso, promover novas práticas e posturas, sem vícios.
Só uma nova cultura nas dinâmicas de representação política, poderá ser capaz de reverter esses quadros desoladores se faz necessário, uma profunda mudança no cenário político, no que tange a representação política nos poderes executivo e legislativo, os quais devem esta voltados para as ações coletivas viabilizando assim, uma melhora na condição de vida dos governados.
Vale considerar que “todo poder emana do Povo” e esse dispositivo constitucional deve ser respeitado. Avante Ilhéus! É hora de dizer chega a discussões e ações infrutíferas que não beneficiam a população em nada.