Um ato cívico com honrarias militares, fanfarras e participação popular marcou as comemorações pelos 196 anos da Independência do Brasil, nesta sexta-feira (7), em Ilhéus. Nem mesmo a chuva que caiu sob a cidade desanimou o público, que desde cedo encheu a Avenida Soares Lopes, para assistir ao cortejo. A cerimônia contou com a presença de membros da Marinha e Exército, de grupamentos da Polícia Militar da Bahia, assim como participação de estudantes de escolas particulares, redes estadual e municipal de ensino. A cerimônia foi aberta com o hasteamento das bandeiras do Brasil, da Bahia e de Ilhéus.
Em seguida, o prefeito de Ilhéus, ladeado por autoridades militares passou em veículo oficial das Forças Armadas para Revista às Tropas, por onde caminharam representantes da Marinha, do Exército, da Polícia, da Polícia Militar, do Corpo de Bombeiros, SAMU da Polícia Civil, da Guarda Civil Municipal e dos Ex-Combatentes do Brasil. O ato teve o acompanhamento da Banda de Música da Polícia Militar. No palanque oficial, autoridades militares, políticas, religiosas e representantes da sociedade civil.
Para o prefeito Mário Alexandre, a data é sempre um momento de lembrar as lutas do povo pela independência e pela democracia. “O desfile nos estimula a promover, cada vez mais, a cidadania, o respeito às instituições militares e a parceria séria e comprometida com a sociedade civil organizada. Ver o povo assistir o evento, significa dizer que as chamas da democracia, do civismo, do patriotismo estão acesas, afinal, esta é a hora de expressar todo o amor que sentimos pelo nosso país”, afirmou o prefeito.
Marchando em passos cadenciados, os militares levaram para a avenida armamentos e veículos utilizados em treinamentos para operações especiais. Os gritos de guerra chamaram a atenção das crianças, que assistiam atentas a passagem dos soldados. “Para mim, estar aqui é uma forma de celebrar a nossa liberdade, que foi conquistada através de inúmeras batalhas e com a morte de muitos heróis. Sempre importante a gente mostrar respeito por essa data”, comentou Antônio Carlos que levou seu filho para manter viva a tradição.
Solidariedade na avenida – Desfilaram as integrantes do movimento “Desperta Débora”. O grupo é formado por mães intercessoras, biológicas, adotivas e espirituais. A valorização da cidadania, da solidariedade, da cooperação e do respeito através e do espírito cívico dos membros dos três Lions Club, a Maçonaria, a Ordem Demolay e o Rotary, os símbolos da solidariedade e da fraternidade. A Associação dos Deficientes Físicos de Ilhéus (ADEFI) mostrou que o esporte é uma das formas de inclusão, quando cadeirantes jogaram basquete e futebol trazendo mensagens com reflexões importantes.
A Apae foi uma das instituições que mais arrancou os aplausos do público. Os 198 alunos têm à sua disposição educação especial e oficinas de esporte, música e dança. Os pais dos alunos fizeram questão de desfilar ao lado dos filhos. No desfile, seus integrantes destacaram a importância do diálogo como poder transformador da sociedade. Já no ballet Arte-Dança, projeto conduzido pela bailarina Sôanne Marry, a emoção nos olhos das crianças carentes que ganharam oportunidade e se integraram a uma importante ação cultural, de inclusão social, que tem o apoio da Prefeitura.
Completamente tomada pela solidariedade, a Avenida Soares Lopes abriu alas para Associação de Apoio ao Portador de Câncer (AAPC), que acolhe pacientes oncológicos da sede e da zona rural de Ilhéus, com hospedagem, alimentação e distribuição de cestas básicas durante o tratamento, fez questão de se integrar ao desfile. Por volta das 9h, a chuva se intensificou, mas não desanimou quem ainda queria ver a apresentação das fanfarras e o desfile das escolas particulares e públicas tanto da sede quanto do interior, o sentimento da cidadania e do resgate histórico de suas comunidades.