Conforme investigação da 8ª Promotoria de Justiça de Ilhéus, liderada pelo Promotor Frank Monteiro Ferrari, o vereador Lukas Paiva seguindo a cultura criminosa na Câmara de Vereadores de Ilhéus, também trouxe consigo aliados políticos perniciosos (Valmir Freitas, Rodrigo e Joílson), além de pessoas de sua estrita confiança (Antônio Lavigne e Daniel Mendonça), sendo agraciados com cargos de alto escalão e de altos salários.
Ainda de acordo com Frank Ferrari, Lukas removeu do poder legislativo aqueles que considerava um obstáculo na nova engrenagem criminosa, a exemplo do ex-tesoureiro Humberto Nascimento de Oliveira, que relatou com riquezas de detalhes sua inimizade capital com Lukas Paiva, em depoimento prestado em 14 de maio de 2018 na sede do MP de Ilhéus.
Ao Promotor, Humberto disse que foi exonerado da Câmara de Ilhéus por Lukas Paiva no dia 17 de janeiro de 2017 por não compactuar com os modus operandi articulados pelo ex-presidente, dentre os quais destacou três graves episódios entre os anos de 2016 e 2017.
Lukas exigiu que Humberto incluísse no retroativo do sistema de RH (Recursos Humanos), o seu falecido pai, como sendo optante do recolhimento do INSS, porém o vereador na época não recolhia o INSS, pedido pelo qual foi recusado por Humberto. Em seguida, Lukas pediu a Humberto as senhas dos ticket alimentação dos assessores, para pagar as compras que havia feito no Itão Supermercados, novamente Humberto não atendeu o pedido do parlamentar. Por fim, o vereador Lukas Paiva (PSB) procurou pessoalmente Humberto, para receber o cheque referente ao salário do assessor Silmar, mas o pedido foi negado por Humberto, que alegou que os pagamentos são feitos por meio de transferências bancárias.
O Ministério Público afirmou que Humberto seria uma “pedra no sapato” para a gestão criminosa de Lukas Paiva, ocasionando a exoneração com decreto sem processo administrativo.
