Marcado na história pela luta dos profissionais de saúde por direitos às pessoas em sofrimento psíquico, o dia 18 de Maio (Dia Nacional da Luta Antimanicomial) tem como objetivo lembrar todos os brasileiros a importância do movimento no combate ao estigma, exclusão e preconceito com as pessoas em sofrimento mental.
Esse movimento antimanicomial teve início há 34 anos atrás utilizando o lema: “Por uma sociedade sem manicômios” que teve como objetivo levantar discussões acerca da loucura que perpassavam a assistência até então preconizada por essas instituições, denunciar violações aos direitos das pessoas em sofrimento mental e propor a reorganização do modelo de atenção em saúde mental no Brasil a partir de serviços abertos, comunitários e territorializados, buscando a garantia da cidadania de usuários e familiares, historicamente discriminados e excluídos da sociedade.
Esse movimento ocorreu paralelamente ao Movimento de Reforma Sanitária e Reforma Psiquiátrica no final da década de 70, onde teve como dois marcos importantes o Encontro dos Trabalhadores de Saúde Mental na cidade de Bauru/SP e a I Conferência Nacional de Saúde Mental em Brasília que resultou na aprovação da Lei nº 10.216/2001 – Lei Paulo Delgado, que trata acerca da proteção dos direitos das pessoas com transtornos mentais e redireciona o modelo assistencial à esses usuários com a fundação dos Centro de Atenção Psicossocial (CAPS).
O que muitas pessoas não sabem é que no contexto manicomial, pessoas com problemas de depressão, alcoolismo, mulheres e todos aqueles que, de uma forma ou de outra não se adequavam aos padrões de moralidade impostos pelos bons costumes e pela lógica do trabalho produtivo eram consideradas loucas e por consequência submetidas ao internamento nessas instituições onde sofriam violência física e psicológica e que só após esse movimento e instauração dessa lei que o direito fundamental à liberdade, o direito a viver em sociedade, além do direito a receber cuidado e tratamento, sem que para isto tenham que abrir mão de seu lugar de cidadãos é garantido.
Por isso, a importância dos Centro de Atençao Psicossocial (CAPS), em Ilhéus contamos com o CAPS Infantil, CAPS Álcool e Drogas e o CAPS Adulto que têm como missão re-inserir esses usuários na sociedade, para que eles possam exercer as atividades funcionais.
*Essa é uma ação dos estudantes do 8º semestre de Enfermagem da FMT, sob a coordenação da orientadora de estágio de Saúde Mental, professora Heleny Chaves*